Lavando o Destino

“Como lavamos o corpo deveríamos lavar o destino, mudar de vida como mudamos de roupa” – Fernando Pessoa

Talvez Pessoa tenha exagerado um pouco e mudar de vida como mudamos de roupa só seja possível para quem carrega uma dúzia de heterônimos pela vida afora.

Mas mudar é preciso. E quando nossas raízes estão enterradas demais, hábitos de ser e de pensar arraigados demais e horizontes próximos demais, a melhor solução é transplantar-se para uma terra nova, entre gente nova.

E se há uma ocasião em que a jornada é realmente mais importante que o destino, é nesse transplante – no processo de criar raízes novas, relações novas, pensamentos e hábitos novos.

Estas crônicas lisboetas são o diário da lavagem de um destino e das descobertas que vão acontecendo, quase todo dia, ao longo da jornada.